quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Há duas pessoas dentro de você

Há duas pessoas dentro de você

Um famoso filósofo existencialista alemão da segunda metade do século dezenove olhou para si e para o mundo ao seu redor e declarou amargamente “o que há no mundo que não seja sofrer?” Ao contrário dos “sonhadores” que conseguem perceber que as rosas não têm apenas espinhos, Schopenhauer só conseguiu ver as dores amargas da existência humana. Por isso, tornou-se ao lado de Nietzsche os dois principais filósofos do pessimismo.

O apóstolo Paulo conseguiu enxergar a beleza e os espinhos da rosa. Paulo declarou: “mas vejo nos meus membros outra lei que batalha contra a lei do meu entendimento e me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros. Dou graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. Assim que eu mesmo com meu entendimento sirvo à lei de Deus. Mas, com a carne, à lei do pecado...”

Assim, pelo que disse Paulo, nossas ações são o resultado dessa briga que há dentro de nós. É como se houvesse duas pessoas se digladiando dentro de cada ser humano, “o que não quero fazer, isto é o que faço”, disse, ainda, o apóstolo.

Poderíamos “chamar” a natureza que impulsiona o homem à natureza boa de “pessoas boa”.

A “pessoa boa” busca valores eternos – amor, justiça, paz. A “pessoa má” não gosta disso. Questiona, cria situações para desviar o curso da “pessoa boa” e em muitos casos prevalece contra ela.

Assim, “a pessoa má” quando prevalece sobre a “pessoa boa” faz com que o ser humano pratique ações que são contrárias, não estão de acordo com o “HD” da “boa pessoa”. Por isso, depois da prática de tais ações, é comum o ser humano sentir vazio e tristeza no seu coração. De certa forma, enquanto o ser humano se sentir deprimido, angustiado ainda estará bem, pois a “pessoa boa” ainda não foi totalmente dominada pela “pessoa má”.

Em muitos seres humanos, a “pessoa boa” já foi sufocada pela “pessoa má” por esta razão, a meu ver, seres humanos muitos maus não conseguem mais receber o aviso da “pessoa boa” por meio da melancolia, da depressão que são sintomas de que algo não vai bem. Vendo por esse ângulo, é aceitável dizer - ainda bem que ele está deprimido...

O que fazer para que a “pessoa boa” prevaleça e tenha domínio sobre a “pessoa má” que está dentro de você? Bem, releia o versículo citado no texto.



Marcos Antonio Vasco Rodrigues
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Publicado em: 22/01/2009
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quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

O LEÃO ESTÁ DE VOLTA AO FUTURO




O Fortaleza Esporte Clube adquiriu ao longo de sua História os cognomes “Tricolor de Aço” e Leão do Pici. O aço simboliza resistência, força. O leão simboliza, também, força, espírito de luta, garra, ataque, agressão...
Nas últimas décadas, principalmente, a partir dos anos 80, essas características, por causa de más administrações, na prática, deixaram de existir. “O time daquelas camisas” veio perdendo força, vibração.
Por que outrora o time foi apelidado de Leão e Tricolor de aço? ora , porque os jogadores “ incorporavam” as características que simbolizavam os cognomes. Na verdade, quem dava força e vigor eram os atletas que vestiam “as camisas daquele time”. A maioria dos jogadores era formada por jogadores cearenses comprometidos com a vitória, o time e a torcida. Cito, por exemplo, o time vice-campeão da Taça Brasil em 1968. A maioria era cearenses- Mundinho, Willian, Zé Paulo, Renato, Luciano Abreu, Joãozinho, Garrinchinha, Lucinho, Erandir (Amorim), Mimi. Técnico: Gilvan Dias.
Sei que o contexto atual é diferente do daquela época. Mas não é apenas uma questão contextual. O principal problema foram as más administrações desse período. Priorizava-se a importação de jogadores “de nome”, “bilheteria”, porém em final de carreira. Tais atletas eram contratados recebendo altos salários e produzindo pouco futebol. A maioria deles, com poucas exceções, vinha mesmo era desfrutar as belezas e delícias da “loira desposada do sol”.
A atual diretoria parece que rompeu com esse modelo de gestão. Revalorizou as categorias de base, está dando mais oportunidade aos atletas cearenses. Na partida de estréia do Cearense, a equipe terminou a partida com sete cearenses.
Além disso, na contratação de novos jogadores foi priorizada a juventude dos atletas, além de a maioria estarem, praticamente, em início de carreira, e seus perfis se enquadram nas características do time.
Além do mais, a própria comissão técnica trazida do Rio Grande do Sul, deixa claro o propósito da atual diretoria tricolor- voltar a pôr em prática aquilo que caracterizou o Leão ao longo de sua História-Força, vibração, luta. “A “atual gestão quer que o time seja “os jogadores que vestem aquelas camisas” e não simplesmente” o time daquelas camisas”.
Torçamos, pois, para que a atual diretoria consiga levar o Leão de volta ao passado. Ou ao futuro?





Marcos Antonio Vasco Rodrigues

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Publicado em: 14/01/2009
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O MUNDO É DOS SONHADORES



Olhando para a História observamos que ela foi e está sendo construída por sonhadores e por pessoas que conseguem enxergar luz na escuridão. Sonho, aqui, tem o sentido de “desejar” algo remoto, mas que procuramos satisfazer. Acredita-se, no sonho mesmo quando os olhos da razão não vêem possibilidades. O sonhador autêntico, na maioria das vezes, toma decisões e age motivado por inspiração. Sendo assim, está conectado à idéia de Absoluto. A razão serve-lhe como filtro. O sonhador tem certeza em seu coração de que aquilo por que luta mais cedo ou mais tarde se realizará, estando vivo ou não.

Martim Luther King foi um desses sonhadores. Sonhou que a discriminação racial institucionalizada nos Estados Unidos poderia ser vencida. King lutou. Pagou com a própria vida pelo seu sonho. Foi assassinado pelas balas frias de um assassino mais frio ainda. Mas o sonho de King ganhou corpo, adeptos, inundou corações. Em pleno século XXI, quem diria! Temos um “negro” sentado na cadeira presidencial da Casa Branca, dirigindo a nação mais potente da terra, (apesar da crise). Cabe a um negro reestruturar a nação americana e recolocá-la nos trilhos. Quem diria? A nação americana tem uma dívida de sangue com Martin Luther King. Obama está lá. Parte de seu sucesso, ele deve a Luther King, um sonhador.

O verdadeiro sonhador respeita os sonhos dos outros, mesmo que estes lhes sejam opostos. Marx, também, era um sonhador, mas seus sonhos não tinham como suporte o Absoluto. Ele sonhava, mas não levava em conta sonhos diferentes dos seus. Karl Marx ao elaborar sua teoria do Socialismo, desprezou sonhos eternos. Disse-“a religião é o ópio do povo”. A própria História mostrou que Marx sonhou errado.

Outro grande sonhador foi José do Egito. Às vezes, o sonho nasce de uma representação mental enquanto dormimos e vira Sonho. José do Egito sonhou que seus pais e irmãos se inclinariam diante dele. Seus irmãos não gostaram disso. E o venderam como escravo. José foi parar na casa de Potifar. Certo dia, foi assediado pela esposa de seu senhor. José não aceitou. Foi então acusado pela própria mulher que o assediara de tentar assediá-la. Por isso, foi levado ao calabouço. Mas, mesmo assim, José não se desesperou, permaneceu confiante. Era um autêntico sonhador.

Algum tempo depois, Faraó teve um sonho. Faraó era um sonhador, até acreditava em sonhos, mas não entendia nada sobre isso. Quis saber o significado de sua representação metal (sonho). Soube que José sabia decifrá-los. Mandou buscar José na masmorra. Contou-lhe os sonhos. José os interpretou corretamente. A partir daí, a vida do Egito e do próprio Faraó passaram ao domínio daquele sonhador simples e por quem ninguém dava uma moeda furada.

Obviamente, seus irmãos obrigados pela fome que assolava Canaã, foram forçados a se render em busca de alimentos. Sem saber, encontram ajuda naquele a quem antes eles haviam vendido como escravo e a quem eles mesmos um dia chamaram de sonhador. Por que os sonhadores sempre conseguem realizar seus sonhos? Ora, porque os sonhos são de Deus.
Marcos Antonio Vasco Rodrigues
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Publicado em: 14/01/2009
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sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

QUE O ANO NOVO NÃO SEJA VELHO


O mundo comemorou a chegada de mais um ano novo. Como sempre, a chegada do ano é comemorada com festa, show, queima de fogos... Aqui, em Fortaleza, a queima de fogos foi feita no aterro da praia de Iracema. Mais de vinte toneladas de fogos foram utilizadas. À meia-noite, a queima produziu um barulho ensurdecedor, um jogo de cores e luzes estonteantes e coloridas embelezaram o céu por vários minutos. Carros buzinavam simultaneamente, pessoas se abraçavam, votos de feliz ano novo eram proferidos em exaustão.
Psicologicamente, no inconsciente das pessoas, junto com o ano velho morrem, também, seus problemas. É como se o ano novo passasse uma borracha nos problemas do ano velho e as pessoas fossem recomeçar tudo a partir do ponto zero. Mas, infelizmente, não é assim. Os problemas do ano velho são todos transferidos para o ano novo.
Os problemas não estão no ano velho ou no ano novo, mas em nós. Caso não seja dada uma dimensão eterna a tudo o que fazemos - relacionamentos, atitudes, propósitos, sentimentos, pensamentos-e não renovemos em Cristo, diariamente, “nosso homem interior” o ano novo será sempre velho. Não teremos “novidade de vida” e estaremos projetando nossas expectativas de melhoria sempre no ano novo, no acaso. Sem dúvida, alguns dos votos de feliz ano novo se realizaram ou vão se realizar parcialmente na vida de algumas pessoas, porém isto não basta. Nossa consciência é exigente. A cada desejo realizado, há sempre outros a serem realizados. Nossa consciência nos inquieta, sempre nos faz sentir que ainda falta algo, por mais que nós façamos. Quase sempre a gente não consegue descobrir que “algo” é esse. O que será?
Sinceramente, que nós sejamos novos, não esperemos que o ano novo traga o novo, pois “o novo” deve nascer todos os dias dentro de cada um de nós. É difícil. Contudo, vale a pena tentar.



Marcos Antonio Vasconcelos Rodrigues

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Publicado em: 02/01/2009
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