sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

O Verdadeiro Significado do Natal.


Não se sabe em que dia, mês e ano Jesus realmente nasceu. Mas História oficial e os relatos bíblicos não deixam nenhuma dúvida quanto à existência de Cristo.
Especular sobre dia, mês e ano da natividade de Cristo é irrelevante, pois o que realmente importa é o fato de Ele ter nascido e vivido entre os humanos.
Afinal, o que realmente aconteceu entre o primeiro casal humano que justificasse a vinda de um Salvador? Por quê, depois de mais de dois mil anos da vinda de Jesus, as relações humanas não são diferentes das de sua época ? O mundo, como na época de Cristo continua marcado pelo egoísmo, guerras, violência urbana, problemas existenciais (depressão, melancolia, vazio...) e tantos outros problemas do conhecimento de todos.
O que deu de errado? É fácil deduzir. Comemoramos o nascimento do Messias (O Salvador), mas não damos ênfase à prática de seus ensinamentos.
Achamos bonito, admiramos Jesus, comemoramos com pompa seu nascimento e só.No máximo, o que fazemos é viver entre família e amigos alguns ensinamentos de Cristo: Solidariedade, perdão, amor ... quando o Natal acaba, parece que estes sentimentos se vão parcialmente com o Natal.
Além do mais, o significado do Natal é interno(espiritual). É bom que as ruas fiquem iluminadas , enfeitadas ... É bom dar e receber presentes ... É bom que tudo fique mais bonito... É bom que os lojistas no Natal aumentem suas vendas, gerem novos empregos, mais impostos sejam arrecadados. No entanto, valorizando apenas o lado externo (material) do Natal estaremos deixando de lado a principal essência natalina – a parte espiritual.
Jesus disse: -“ Por que me chamais de Senhor, se não fazeis o que vos mando?”. Além disso, Deus quer que nós procuremos viver a parte interna do Natal o ano todo, pois o Natal deve ser como as misericórdias de Deus – deve nascer todos os dias em nossas vidas.


Marcos Antonio Vasco Rodrigues

Esta obra está registrada e licenciada. Você pode copiá-la, distribuí-la, exibi-la, executá-la desde que seja citado o autor original. Não é permitido fazer uso comercial desta obra.
Publicado em: 26/12/2008
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domingo, 14 de dezembro de 2008

OBRIGADO, SANTANA TEXTILES
A co-gestora Santana Têxtil foi umas das principais responsavéis pela permanência do Fortaleza na série B do Brasileirão. A importância da Santana para o time tricolor não se limitava apenas ao aporte financeiro de cento e dez mil reais , era mais que isso - emprestava ao clube a credibilidade e o prestigio de uma empresa de porte internacional.
O atual presidente herdou da Administração anterior alguns meses de salários atrasados do elenco e isto contribuiu para a campanha ruim na série B de 2008. Ao contrário do elenco, o técnico recebia seu salário em dia. Se o técnico estivesse na mesma situação do elenco, a queda para terceirona seria certa. Que disposição e ânimo teria para dialogar diariamente com os jogadores e o restante da comissão? Certamente o Técnico Eriberto deve ter feito menção ao nome da Santana Textiles para dar ao elenco a garantia de que receberia seus salários atrasados, pois a Santana era uma espécie de fiadora, embora não o fosse, isto de certa forma deve ter dado ânimo ao elenco. Perde o Fortaleza com a saída da co-gestora, não pelo patrocínio,pois Presidente talvez consiga um maior que o da Santana. No entanto, que outro patrocinador será co- responsável pelos problemas do clube? Que outro patrocinador terá coração de torcedor ? Que outro patrocinador se confudirá com o nome e a História do time ?
De qualquer forma, surge com a saída da Santana, uma boa oportunidade para que a nova diretoria executiva mostre que tem capacidade para gerenciar o time tricolor dentro da realidade finaceira que a necessidade exige, formando uma boa equipe sem cometer o erro de importar do sul jogadores "vencidos" com altos salários e pouco futebol.
Os times intermediários de São Paulo já nos deram a lição, por tanto, agora, é seguir a cartilha.
À Santana só nos resta dizer: - Obrigado, Santana Têxtil " e que bons ventos te levem a salvo"
Marcos Antonio Vasco Rodrigues
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Publicado em: 14/12/2008
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quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Por que o coração humano é eternamente insaciálvel?

O que é necessário para que o ser humano seja feliz? A maioria das pessoas acha que se tivesse bastante dinheiro para satisfazer todos os seus sonhos de consumo, isto já seria suficiente para fazê-las feliz. Há até um verso de uma música que diz ¨Dinheiro não é tudo, mas é 100%. Obviamente, isto não é verdade. Uma pessoa pode possuir muito dinheiro e ser muito infeliz. O dia- a- dia, a história está cheia exemplos desse tipo, você mesmo deve conhecer pessoas assim.
Há uma quantidade enorme de necessidades materiais e espirituais que precisam ser satisfeitas por todo ser humano – saúde, família equilibrada, sucesso no trabalho, estar em paz consigo próprio, com as pessoas, ter sentimento de segurança ser amada.... e pode conquistar todos bens e mesmo assim continuar com um sentimento de vazio no coração.Por quê? Porque o ser humano foi criado para estar conectado de forma harmoniosa com o mundo, com o cosmo, como uma teia de aranha.
Desde que a relação com o Todo foi quebrada, a felicidade se tornou relativa. Uma pessoa possuidora de todos os bens materiais, conhecimento, poder, poderia ficar extremante frustrada por exemplo, ao observar a situação de guerras e injustiças que predominam no mundo. O próprio sentimento de medo, insegurança já é suficiente para ¨quebrar¨ sua felicidade.
Não fomos feitos para sermos felizes sozinhos, mas em família, em grupo, em sociedade. A quebra desse objetivo é que produziu a tragédia do coração humano e por conseguinte da sociedade.
Além do mais, precisamos descobrir qual o propósito último de nossa vida. Estamos preocupados apenas com a satisfação das necessidades desse mundo efêmero ou estamos também investindo no Eterno? De onde vim? Para onde vou? Por que as coisas são assim? Começando a encontrar respostas para questões primárias como estas será o primeiro passo para compreender o caos em que vive a sociedade e principalmente, descobrir por que a pesar de tantas tentativas de realização de nossos sonhos e mesmo depois de adquirir o que queremos, a felicidade é como uma chuva de verão.




Marcos Antonio Vasco Rodrigues



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Publicado em: 26/11/2008
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terça-feira, 18 de novembro de 2008

Falta de Dinheiro ou de Gerenciamento ?

Por que equipes quase centenárias como Ceará e Fortaleza, detentoras de enormes torcidas vivem envoltas em crises infindáveis e não conseguem, sequer, se equipararem a clubes noviços como Barueri e Santo André? Seria apenas problema financeiro? Parece que não.
Tomemos como exemplo o próprio time do Barueri. O time paulista foi fundado em 1989, mas debutou como time profissional somente em 2001, disputou a Série C do brasileirão, conseguindo acesso para a Série B em 2007. Agora, em 2008, sua ascensão está quase garantida para a 1ª divisão em 2009, disputa a última vaga com um outro time paulista intermediário – o Bragantino.
A folha salarial da equipe do Barueri é inferior à do Fortaleza, não chegando a quatrocentos mil reais. A diretoria está em dia com pagamento de salários e gratificações.
O sucesso do time do Barueri em campo seria por causa do apoio que recebe da prefeitura da cidade e dos patrocinadores? Parece que não. Ceará e Fortaleza recebem também, aporte financeiro razoável do Governo do Estado, além de terem patrocinadores, como a equipe do Barueri.
Há, ainda, um outro fator favorável aos times cearenses – ambos possuem enormes torcidas, que sempre apóiam suas equipes. O Barueri é um time praticamente sem torcida.
Então, por que o Barueri consegue em tão pouco tempo ser um clube vitorioso? Seria o gerenciamento? – parece que sim.
Comparando a atual situação de nossos clubes com a de meados dos anos 70, por exemplo, é notório o declínio tanto na parte técnica, quanto administrativa. Com o surgimento de novas tecnologias aplicadas, também ao futebol, o crescimento das torcidas, e sem dúvida, fluxo maior de dinheiro (televisão, renda, patrocinadores, etc) era de se esperar que nossos clubes (Fortaleza, Ceará) tivessem feito uso desses recursos para crescer, no entanto o que ocorre é o inverso.
Sem dúvida, a principal causa dos sucessivos fracassos de nossos principais clubes, principalmente em competições nacionais, são as más administrações que se sucedem há várias décadas. Não nos referimos especificamente às administrações atuais, porque elas herdaram todas as mazelas das administrações passadas.
Obviamente, as más administrações passadas não foram por má fé ou falta de esforço desses administradores. Alguns até investiram seu patrimônio pessoal no clube. Mas aí está um dos erros – um clube não deve depender do aporte financeiro de uma só pessoa. Mas isso, é assunto para futuros textos.
A melhoria do nível de nossos clubes depende de todos – Federação, clubes, crônica esportiva, torcida... todos devem se unir (realizar debates, simpósios, encontros...) e, assim, “acharem” soluções para tirar nossos clubes dessa crise sem fim.


Marcos Antonio Vasco Rodrigues


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Publicado em: 18/11/2008
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domingo, 9 de novembro de 2008

O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO

A última reforma ortográfica do idioma ocorreu em 1971, com o propósito de aproximar nossa forma de escrever da de Portugal. O lado negativo do acordo é que ele não levou em conta os outros países que falam português, somente Portugal – país Europeu.
Com a reforma de 1971, foram excluídos o acento diferencial de algumas palavras e acento grave ou circunflexo nas palavras derivadas de outras acentuadas. Mais de dois terços dos acentos que produziam divergências foram eliminados.
Naquela época, como hoje, muitos estranharam as mudanças, pois as alterações, em qualquer aspecto da vida, no início, sempre são estranhas. Porém, isto é normal, porque se compara o novo com o velho.
O acordo assinado em 1990, se propõe a unir, não a linguagem, visto que isto não é possível, mas a ortografia doa países que falam português.
O que motivou o acordo foram as diferenças marcantes na ortografia dos países Lusófonos – Portugal, Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné – Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.
Segundo especialistas, “O acordo é benéfico, porque o intercâmbio de informações e textos será facilitado, reduzirá custos de produção e facilitará a difusão bibliográfica de novas tecnologias, bem como, simplificará algumas regras.
O português é a única língua com duas normas oficiais – uma brasileira e uma européia. Isto dificulta o aprendizado de estrangeiros que querem aprender nosso idioma e a nossa vida no exterior.
Com o acordo de 1990 o português do Brasil se fortaleceu, pois Portugal terá mais mudanças na escrita do que nós.
Além da unificação da escrita o acordo simplifica o idioma, como a eliminação do trema. Os pontos obscuros somente serão esclarecidos com o lançamento de um novo vocabulário oficial, por parte da Academia Brasileira de Letras.




Marcos Antonio Vasco Rodrigues
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Publicado em: 09/11/2008
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domingo, 2 de novembro de 2008

Força, Leão

Força, Leão, ainda há Esperança!


A derrota do Fortaleza para o Marília nesta terça-feira (29/10) no Castelão, aproximou cada vez o time tricolor da 3° divisão. Embora, matematicamente, a equipe tenha chance de salvar-se. É uma tarefa difícil, mas plenamente possível.
O que mais preocupa a todos é a desorganização tática e as más apresentações, principalmente, contra CRB e Marília. Se analisarmos por tais ângulos, podemos considerar o time como rebaixado. No entanto, há outros fatores que devem ser considerados: a própria imprevisibilidade do futebol e o fato de o time não depender de outras equipes, a não ser de si mesmo para manter-se na Série B. Além disso, o leão terá mais de uma semana para ajustar o time e preparar-se emocional e psicologicamente para as partidas que ainda lhe restam.
É hora “de encarnar a mística daquelas camisas”, a garra e a valentia do mascote do próprio time - o leão. Afinal, quem morre de véspera é peru, não leão. Assim, com garra aplicação e espírito de luta o leão trará, com certeza, de São Paulo pelo menos quatro pontos. Embora Santo André, Barueri e Bragantino sejam, no momento, superiores em todos os aspectos ao time tricolor. Desta forma, deve o Fortaleza, encarar como positivo o favoritismo desses times e surpreendê-los.
Com pelo menos quatro pontos trazidos de São Paulo, mais as vitórias sobre o bom time do São Caetano e o sofrível Brasiliense, garantiremos nossa permanência na Série B. Portanto, não é hora “de enrolar a bandeira”. Deve o leão, transformar o descrédito em certeza. A desmotivação em força, o pessimismo em otimismo e as deficiências em espírito de luta. Afinal, ainda há esperança, muita esperança!






Marcos Antonio Vasco Rodrigues


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Publicado em: 02/11/2008
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Cuidado com as palavras

Cuidado com as palavras...

O jogo entre Fortaleza e CRB ocorrido nesta sexta-feira (24/10/08) no Castelão pela série B do Campeonato Brasileiro era apontado principalmente pela crônica esportiva, como um dos mais “fáceis” para a equipe tricolor. A vitoria era tida como certa, os três pontos já haviam sido contabilizados a favor do Fortaleza com várias semanas de antecedência, era como se o time do CRB não existisse, viria apenas presenciar a feitura dos gols por parte dos atacantes do Fortaleza.
As razões da vitória certa do time leonino eram justificadas pelo fato de o CRB ser o “lanterna” da competição, já estar matematicamente rebaixado e assim não mais teria motivação para “endurecer” com nenhuma outro time. Além disso, o Fortaleza jogaria em casa com o apoio de sua torcida e vinha de um empate corajoso com a Ponte Preta em Campinas. Razões e argumentos, portanto, não faltavam para dar a vitoria ao Fortaleza antes de o jogo começar.
Em um programa esportivo dominical de fim de noite produzido aqui mesmo em Fortaleza, mas retransmitido para todo o país, um comentarista disparou “é 5 X 0 pro Fortaleza”. Um outro comentarista perguntou ao atacante Osvaldo:
- “E aí, Osvaldo, vai ser um jogo fácil”?
- Não, não há nenhum jogo fácil. O CRB já está rebaixado e vai querer atrapalhar – respondeu Osvaldo, de forma bastante equilibrada.
O comentarista replicou:
- Osvaldo fala assim, porque todo jogador sempre diz que nenhum jogo é fácil, mas a gente sabe que é um jogo muito fácil para o Fortaleza.
Comentários assim prejudicaram a equipe favorita alimentou e estimulou a equipe adversária. Certamente os jogadores do CRB ouviram estas e outras afirmações e as encararam como ofensa e desrespeito. Assim, eles se aplicaram mais do que o normal para fazer uma espécie de “lavagem da honra”, por isso é bastante comum se ouvir afirmações como: “vamos honrar a camisa”, “merecemos respeito”, “somos profissionais”, etc.
Por parte do time considerado favorito (no caso, o Fortaleza), criou-se um falso clima psicológico positivo, uma vez que os atletas e comissão técnica deram como certa a vitoria, como se já tivesse ganho a partida antes de o jogo começar. Doação e determinação passaram a inexistir.
Por mais desastrosa que seja a participação do time da CRB na competição, os atletas merecem respeito, porque são profissionais. Comentários maliciosos como “o vovô Júnior Amorim”, “o CRB é uma baba” deveriam ser evitados. Afinal, não ficamos nós, também machucados, quando a imprensa do Sul faz referência a nossas equipes de forma preconceituosa?
A história do futebol está permeada de exemplos como esse que ocorreu ontem (24/08). Quem não lembra a vitoria do modesto Bahia, recentemente, no Pacaembu sobre o milionário time do Corinthians? Ou, ainda, o famoso “Maracanaço” ocorrido em 1950 entre Brasil e Uruguai? Comemorou-se o título de Campeão Mundial por antecedência e deu Uruguai.
Não podemos esquecer, também, que o Fortaleza é um dos candidatos ao rebaixamento, por isso há outros concorrentes diretos interessados no “tropeço” do Leão. Quem sabe o CRB não foi “Alimentado financeiramente” para “Endurecer” o jogo? Caso tenha sido, é algo normal, pois não se trata de suborno.
Analisar o adversário e os fatos de forma imparcial e respeitosa deve ser um propósito a ser buscado por todos aqueles que são responsáveis pela formação da opinião pública.Do contrário, estarão sempre tropeçando nas palavras.


Marcos Antonio Vasco Rodrigues

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Publicado em: 02/11/2008
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Cuidado com as palavras...

O jogo entre Fortaleza e CRB ocorrido nesta sexta-feira (24/10/08) no Castelão pela serie B do Campeonato Brasileiro era apontado principalmente pela crônica esportiva, como um dos mais “fáceis” para a equipe tricolor. A vitoria era tida como certa, os três pontos já haviam sido contabilizados a favor do Fortaleza com várias semanas de antecedência, era como se o time do CRB não existisse, viria apenas presenciar a feitura dos gols por parte dos atacantes do Fortaleza.
As razões da vitória certa do time leonino eram justificadas pelo fato de o CRB ser o “lanterna” da competição, já estar matematicamente rebaixado e assim não mais teria motivação para “endurecer” com nenhuma outro time. Além disso, o Fortaleza jogaria em casa com o apoio de sua torcida e vinha de um empate corajoso com a Pote Preta em Campinas. Razões e argumentos, portanto, não faltavam para dar a vitoria ao Fortaleza antes de o jogo começar.
Em um programa esportivo dominical de fim de noite produzido aqui mesmo em Fortaleza, mas retransmitido para todo o país, um comentarista disparou “é 5 X 0 pro Fortaleza”. Um outro comentarista perguntou ao atacante Osvaldo:
- “E aí, Osvaldo, vai ser um jogo fácil”?
- Não, não há nenhum jogo fácil. O CRB já está rebaixado e vai querer atrapalhar – respondeu Osvaldo, de forma bastante equilibrada.
O comentarista replicou:
- Osvaldo fala assim, porque todo jogador sempre diz que nenhum jogo é fácil, mas a gente sabe que é um jogo muito fácil para o Fortaleza.
Comentários assim prejudicaram a equipe favorita e alimentou e estimulou a equipe adversária. Certamente os jogadores do CRB ouviram estas e outras afirmações e as encararam como ofensa e desrespeito. Assim eles se aplicaram mais do que o normal para fazer uma espécie de “lavagem da honra”, por isso é bastante comum se ouvir afirmações como: “vamos honrar a camisa”, “merecemos respeito”, “somos profissionais”, etc.
Por parte do time considerado favorito (no caso, o Fortaleza), criou-se um falso clima psicológico positivo, uma vez que os atletas e comissão técnica deram como certa a vitoria, como se já tivesse ganho a partida antes de o jogo começar. Doação e determinação passaram a inexistir.
Por mais desastrosa que seja a participação do time da CRB na competição, os atletas merecem respeito, porque são profissionais. Comentários maliciosos como “o vovô Júnior Amorim”, “o CRB é uma baba” deveriam ser evitados. Afinal, não ficamos nós, também machucados, guando a imprensa do Sul faz referência a nossas equipes de forma preconceituosa?
A história do futebol está permeada de exemplos como esse que ocorreu ontem (24/08). Quem não lembra a vitoria do modesto Bahia, recentemente, no Pacaembu sobre o milionário time do Corinthians? Ou, ainda, o famoso “Maracanaço” ocorrido em 1950 entre Brasil e Uruguai? Comemorou-se o título de Campeão Mundial por antecedência e deu Uruguai.
Não podemos esquecer, também, que o Fortaleza é um dos candidatos ao rebaixamento, por isso há outros concorrentes diretos interessados no “tropeço” do Leão. Quem sabe o CRB não foi “Alimentado financeiramente” para “Endurecer” o jogo? Caso tenha sido, é algo normal, pois não se trata de suborno.
Analisar o adversário e os fatos de forma imparcial e respeitosa deve ser um propósito a ser buscado por todos aqueles que são responsáveis pela formação da opinião pública, do contrário estarão sempre tropeçando nas palavras.


Marcos Antonio Vasco Rodrigues
Esta obra está registrada e licenciada. Você pode copiá-la, distribuí-la, exibi-la, executá-la desde que seja citado o autor original. Não é permitido fazer uso comercial desta obra.
Publicado em: 02/11/2008
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