quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

O MUNDO É DOS SONHADORES



Olhando para a História observamos que ela foi e está sendo construída por sonhadores e por pessoas que conseguem enxergar luz na escuridão. Sonho, aqui, tem o sentido de “desejar” algo remoto, mas que procuramos satisfazer. Acredita-se, no sonho mesmo quando os olhos da razão não vêem possibilidades. O sonhador autêntico, na maioria das vezes, toma decisões e age motivado por inspiração. Sendo assim, está conectado à idéia de Absoluto. A razão serve-lhe como filtro. O sonhador tem certeza em seu coração de que aquilo por que luta mais cedo ou mais tarde se realizará, estando vivo ou não.

Martim Luther King foi um desses sonhadores. Sonhou que a discriminação racial institucionalizada nos Estados Unidos poderia ser vencida. King lutou. Pagou com a própria vida pelo seu sonho. Foi assassinado pelas balas frias de um assassino mais frio ainda. Mas o sonho de King ganhou corpo, adeptos, inundou corações. Em pleno século XXI, quem diria! Temos um “negro” sentado na cadeira presidencial da Casa Branca, dirigindo a nação mais potente da terra, (apesar da crise). Cabe a um negro reestruturar a nação americana e recolocá-la nos trilhos. Quem diria? A nação americana tem uma dívida de sangue com Martin Luther King. Obama está lá. Parte de seu sucesso, ele deve a Luther King, um sonhador.

O verdadeiro sonhador respeita os sonhos dos outros, mesmo que estes lhes sejam opostos. Marx, também, era um sonhador, mas seus sonhos não tinham como suporte o Absoluto. Ele sonhava, mas não levava em conta sonhos diferentes dos seus. Karl Marx ao elaborar sua teoria do Socialismo, desprezou sonhos eternos. Disse-“a religião é o ópio do povo”. A própria História mostrou que Marx sonhou errado.

Outro grande sonhador foi José do Egito. Às vezes, o sonho nasce de uma representação mental enquanto dormimos e vira Sonho. José do Egito sonhou que seus pais e irmãos se inclinariam diante dele. Seus irmãos não gostaram disso. E o venderam como escravo. José foi parar na casa de Potifar. Certo dia, foi assediado pela esposa de seu senhor. José não aceitou. Foi então acusado pela própria mulher que o assediara de tentar assediá-la. Por isso, foi levado ao calabouço. Mas, mesmo assim, José não se desesperou, permaneceu confiante. Era um autêntico sonhador.

Algum tempo depois, Faraó teve um sonho. Faraó era um sonhador, até acreditava em sonhos, mas não entendia nada sobre isso. Quis saber o significado de sua representação metal (sonho). Soube que José sabia decifrá-los. Mandou buscar José na masmorra. Contou-lhe os sonhos. José os interpretou corretamente. A partir daí, a vida do Egito e do próprio Faraó passaram ao domínio daquele sonhador simples e por quem ninguém dava uma moeda furada.

Obviamente, seus irmãos obrigados pela fome que assolava Canaã, foram forçados a se render em busca de alimentos. Sem saber, encontram ajuda naquele a quem antes eles haviam vendido como escravo e a quem eles mesmos um dia chamaram de sonhador. Por que os sonhadores sempre conseguem realizar seus sonhos? Ora, porque os sonhos são de Deus.
Marcos Antonio Vasco Rodrigues
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Publicado em: 14/01/2009
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