domingo, 8 de fevereiro de 2009

Sinto muito, mas preciso falar


Apesar dos avanços, desencanto...


Nas últimas cinco décadas a ciência alcançou um desenvolvimento extraordinário em todas as áreas do conhecimento. O planador espacial já vasculhou as crateras desoladas da superfície lunar, sondas espaciais perscrutam o planeta vermelho (marte) tentando desvendar seus enigmas. Nosso sofrido e mal-amado “planetinha azul” (Sim, porque em relação ao universo, a terra é apenas um pequeno ponto na imensidão cósmica) foi transformado , principalmente, por meio das comunicações “ numa pequena aldeia global”. Isto demonstra o amplo domínio do homem sobre a técnica e o mundo material. No entanto, apesar de todos os avanços tecnológicos nunca o ser humano experimentou dramas e conflitos existenciais tão intensos como neste início de século. Em meio à tanta tecnologia vivemos angustiados, insatisfeitos, deprimidos, inseguros, ansiosos e com medo. A crise é penosa , difícil. Alguns não suportam e criam mecanismos de fuga como drogas e até o suicídio. Deus! como somos frágeis e vulneráveis. Erich Fromm, no livro “ A Revolução da Esperança” afirma “ ou optamos por uma sociedade completamente tecnocrática, que destruirá toda a humanidade do ser humano, ou damos uma guinada e escolhemos o verdadeiro humanismo, que significa a técnica a favor do homem, se expandindo, cada vez mais, em suas características humanas” para Fromm isto é uma escolha entre viver e morrer.
Erich Fromm aponta a necessidade de valorizarmos mais as relações humanas, em detrimento da valorização da técnica e da supervalorização dos bens materiais. Entretanto, sem conhecer a verdadeira causa daquilo que produziu “Seu Defeito” existencial o ser humano continuará tateando na escuridão, sem encontrar soluções definitivas para seus problemas, a menos que ouça o chamado do Mestre do Universo que diz “Sem mim , nada podeis fazer” ...
Professor Marcos Antonio Vasco Rodrigues
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Publicado em: 08/02/2009
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Um comentário:

Anônimo disse...

Não encontrei explicação para meu defeito. Acho que temos que encarar o cientista como um artista: os efeitos de uma melhora, avanços no conhecimento do universo, aperfeiçoamento técnico, investigações aparentemente sem praticidade não devem ser tolhidas ou restringidas, exceto quando gasta-se bilhões para enviar um robozinho à Marte recolher terra enquanto bilhões de pessoas urgem não por saber se o elétron é uma partícula de carga negativa do átomo mas por matar a fome, ter um a casa decente, saúde e segurança. É preciso equilibrar os esforços para que um dos lados da balança não fique vazia, fraca e pendida. .