quinta-feira, 19 de março de 2009

Sinto muito, mas preciso falar

Que me desculpem as bonitas...

Há dois tipos de beleza – a Física (externa) e a interna. A primeira, geralmente, está mais associada à sensualidade, ao mundo material, ao erotismo, ao efêmero, ao orgulho. O segundo tipo de beleza está associada a valores como bondade, sinceridade, fidelidade, respeito, simplicidade...

A idade da primeira é bem curtinha e a da segunda é como Deus - não tem fim.

Quantas pessoas já se enganaram com a beleza física? Acho que contá-las seria como contar os grãos de areia do deserto. Os jovens, principalmente, usam como critério de seleção de seus parceiros, quase tão somente o critério da aparência física. A beleza interna, na maioria dos casos, não é considerada. Nesse caso, a pessoa possuidora apenas da beleza física passa a ser um problema, pois ela passa a ser objeto de desejo, passa a provocar sensualidade por onde passa, sem se falar que tal pessoa pode tornar-se prepotente e orgulhosa por julgar-se superior aos demais.

Vendo a aparência de alguns santos percebe-se, claramente, que não há nenhuma ou quase nenhuma beleza física neles. “Não porque Deus goste apenas dos “feios”, mas parece que os “feios” ficam mais esquecidos do olho do mundo; por isso, talvez, menos assediados. Tendo, assim, mais chances de focarem o alvo na construção da beleza interna”.

Segundo o Profeta Isaías, Jesus “Não tinha beleza, nem formosura”... Deduz-se que a beleza física não é prioridade para Deus, embora ela também, tenha sido obra sua. Todavia ela é secundária.

O ideal era que tivéssemos os dois tipos de beleza: Primeiro a “interna”, em seguida a “fisica”. Mas, caso tenhamos apenas a primeira, ela já será absolutamente necessária para fazermos a Deus feliz e a todos que convivem conosco.

O poeta Vinicius de Morais afirmou há tempos: “Que me desculpem as feias, mas beleza é essencial”. Porém, peço licença à memória do saudoso Vinicius para reconstruir sua famosa frase. “ Que me desculpem as bonitas, mas beleza não é fundamental”.

Professor Marcos Antonio Vasco Rodrigues

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Publicado em: 19/03/2009
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